domingo, 24 de dezembro de 2017

V - Quais os Marcos Históricos da Política?

Gerir a coisa pública, faz parte da natureza humana, no sentido de organizar os seus destinos enquanto grupo, clã ou comunidade, contudo, o termo política no sentido que é aplicado hoje em dia, surgiu na Grécia
Antiga, e como tal, temos o livro de Aristóteles Da Política, é pois, a partir dessa época que a filosofia se ocupa de estudar os factos políticos concernentes à organização da Pólis, além da moral e da ética necessárias à sua práxis.
Ao estudarmos a História da Antiguidade, apercebemo-nos que estamos a estudar as ações da política, de quem exercia o poder, tanto pelo legado que deixara como pelas guerras e conquistas que fomentavam a sobrevivência de um Estado, tal como diz a máxima romana, “Se queres a paz, faz a guerra”, isto leva-nos a ver a política pelo prisma histórico do Império Grego e posteriormente do Império Romano, dos quais emana uma grande parte de toda a cultura ocidental, nomeadamente a democracia e o direito romano.
A Idade Média e o poder temporal da Igreja são um dos marcos mais importantes, muito embora tenha sido considerada a era das trevas, a realidade é que influenciou o nascimento da Europa enquanto espaço cultural e político, foi inclusive, pelo poder pontifício que se proporcionou o aparecimento dos impérios coloniais de Espanha e Portugal, e pelos quais se dividira o mundo entre estes dois poderosos da Europa, ambos católicos, a isto seguiu-se o grande cisma do ocidente que gerou o protestantismo no norte da Europa, levando os países dessa área geográfica, a serem os mais desenvolvidos e os dominantes desde essa época em diante.
Torna-se imprescindível abordar o caso inglês no tempo do Rei Henrique VIII, que gerou o cisma anglicano e separou a Inglaterra da influência de Roma, ao qual se soma o martírio de um grande humanista e pensador, Thomas Morus autor de A Utopia. A separação da Inglaterra da área de influência do Vaticano permitiu a esse país tornar-se um grande império ultramarino e simultaneamente uma grande potência.

Abaixo está um pequeno esboço, do que me pareceu serem os principais marcos políticos, tendo em conta que a Ciência Política surgiu recentemente, ou seja no fim do século XIX, contudo, os principais acontecimentos políticos que são testemunhados pela Historia, mostram-nos, que a história das guerras, da filosofia, da economia, entre outras, servem para que se obtenha o conhecimento que contribuí para a construção da política enquanto ciência; acontecimentos que deixaram à Ciência Política o legado do acumulo de experiências, dando-nos lições sobre os caminhos que em política não devem ser retomados.
Na Antiguidade Clássica:
A) A democracia na Grécia antiga;
B) A república e o Império na Roma Antiga.

Na Idade Média:
C) A ascensão do cristianismo e o poder papal;
D) As Grandes Monarquias e o Estado Nação;
E) A Era dos Descobrimentos e o Mercantilismo.

Na Era Contemporânea:
F) Independência dos Estados Unidos da América;
G) A Revolução Francesa e os Direitos do Homem;
H) A I Guerra Mundial e a Revolução Russa;
I) A II Guerra Mundial e a Restauração de Israel;
J) O Welfare State e os 30 Gloriosos;
K) A OPEP e a Crise do Petróleo de 1973.

Na Atualidade:
L) A Globalização e a OMC;
M) A Unificação Alemã e o fim da URSS;
N) O 11 de setembro e a Nova Ordem Mundial.

A) A democracia na Grécia Antiga 
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A contribuição da Grécia antiga, não se limita à criação da Europa como ideia e espaço civilizacional, cultural e geográfico, nem aos signos do zodíaco, à literatura de Homero ou aos Jogos Olímpicos, trata-se de facto, ter criado um dos marcos históricos na política, que é sem dúvida o legado da filosofia clássica e da experiencia da Democracia direta, que veio a inspirar as democracias contemporâneas, muito embora as de hoje sejam indiretas ou representativas.

B) A República e o Império na Roma Antiga
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Roma criara um novo sistema de governo, a República, não na figura de um Presidente, mas sim de dois cônsules que eram eleitos anualmente pelos patrícios; de qualquer forma, o legado de Roma ultrapassa em muito os limites de qualquer sistema político que tenham criado, é acima de tudo profundamente civilizacional.
A República romana obviamente terá sido um marco político, porém o legado de Roma e incontestável, não só pela influência que exerceu na imensidão do seu vasto Império, que ia do norte de África até ao Norte da Europa, da Península Ibérica e da Lusitânia no ocidente até à Síria-Palestina no Oriente Médio, assim, o império uniu os povos através do Direito Romano, um conjunto de leis, princípios e valores que influenciam ainda hoje a Justiça no mundo ocidental.

Não obstante, embora não fossem tão cultos e eruditos como os gregos, os romanos deixaram cravado no solo europeu e na memória dos povos; o cunho cultural que ainda hoje se faz sentir presente, não só pelas ruínas arqueológicas mas por terem deixado o idioma que uniu os europeus, o Latim, que é aliás a língua utilizada, nos campos do Direito, da Ciência e da Religião, como o Cristianismo através da Igreja Católica na qual é utilizou o Latim como idioma oficial, e a Igreja em si é outro grande legado deixado pelo Império Romano, legado esse que permitiu consolidar a Europa como uma ideia, um espaço cultural e político distinto, num continente que na prática é a Eurásia. O Latim chegou a ser a língua franca, inclusive até ao princípio do século XX estudava-se latim nas escolas públicas, além de que ler e conversar em latim era um costume corrente nas classes altas e na aristocracia europeia, sendo substituído, primeiro pelo francês e posteriormente pelo inglês como língua franca.
C) A Ascensão do Cristianismo e o Poder Papal
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Surgido na Judeia, na altura uma Província de Roma denominada de Palestina, o cristianismo fazia parte do judaísmo, mas separara-se em 70 EC, ano da destruição do Templo de Jerusalém, ou de Herodes. Yeshua Ben Yosef era um Rabbi, ficou conhecido por Jesus Cristo, sendo que ‘Cristos’ é um termo grego que significa salvador, o mesmo veio a ser considerado pelos membros do seu grupo como o Messias, motivo que originou a separação entre os judeus e os nazarenos, como eram denominados os cristãos primitivos.
Após a II Guerra romano-judaica, os judeus são expulsos em massa da sua própria terra e obrigados a se espalhar pelo Império, gerando a Diáspora, à mistura também foram expulsos os cristãos, a propagação do cristianismo leva consigo o gene da Lei Mosaica ou o decálogo e, todo um conjunto de princípios e valores denominados de Cultura Judaico-cristã que dão à Europa um cunho ideológico, cultural e uma visão de vida que se fará notar durante a época do Imperador Constantino, que oficializou o cristianismo; Com a insígnia, “In Signus Vince” fez-se uma alusão às vitórias milagrosas de Constantino, pela proteção do símbolo que utilizava as letras X e P sobrepostas, por serem as iniciais de Cristo em grego.

O Império que era político, passou a ser o império religioso, Roma caíra no Séc. V, mas o Cristianismo herdara a extensão do espaço geográfico e político conquistado pelo Império e toma a Bíblia dos judeus, assim a figura que vai substituir o Imperador e governar a alma dos mortais é o Papa o Sumo Pontífice e o seu Poder Papal, que estaria somente abaixo de Deus, o Papado era também um poder político.
D) As grandes monarquias e o Estado Nação
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Toda a Europa estava num espaço político e religioso sob a liderança da Igreja Católica e do poder Papal (do Sumo-pontífice) que determinava em grande medida os destinos de uma nação, nenhum país poderia existir se não fosse com o aval da Santa Sé, até porque do século VIII ao Século XV a Europa temia o apogeu militar do Islão, pois a Península Ibérica e o sul da Península Itálica haviam sido conquistadas pelos muçulmanos, sem falar que Constantinopla ou o Império Romano do Ocidente encontrava-se ameaçado pelas invasões muçulmanas e cairia definitivamente no Século XV.

Portugal foi dos primeiros países a ser um Estado Nação, outros se mantiveram no Feudalismo, isto porque em 1128 o Conde D. Afonso Henriques rebelara-se contra a condessa de Portucale, D. Tereza e, consequentemente também contra o rei de Leão, D. Afonso VI, que era quem detinha a soberania sobre a Galiza, Portucale e Conimbriga; O rei português só foi reconhecido pelo Papa Alexandre III, mediante um acordo de vassalagem e o pagamento do dízimo em ouro. Na Espanha, apesar da unificação, esta não poderá ser considerada um Estado Nação, mas um Estado com mais de uma nação, e estudaremos isso mais adiante no capítulo apropriado.

E) A era dos Descobrimentos e o Mercantilismo
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Após conquistar a sua independência, Portugal manteve a sua inimizade com os vizinhos castelhanos, não encontrava outra saída que não a de se aventurar no mar em busca de terras; era a época dos descobrimentos marítimos portugueses, que são a grosso modo a primeira fase da Globalização e mais precisamente do Mercantilismo; Descobrindo a Madeira, os Açores, a África Ocidental, mais tarde o Brasil, o caminho marítimo para a Índia, chegando até ao extremo-oriente, isto fez com que os portugueses fossem os pioneiros na miscigenação de povos autóctones com colonos, e na transferência de plantas e frutos de um continente para outro, plantando em África a mandioca e o cacau retirados da América do Sul, o café, o amendoim e a laranja foram levados para o Brasil pelos portugueses vindos da Ásia, da África e de Portugal.
Os descobrimentos trouxeram também a opressão do esclavagismo em todo o continente americano, inicialmente de índios, que foram substituídos por escravos comprados em África, sendo que se tratavam de prisioneiros de guerra de tribos inimigas que guerreavam entre si, ao contrário do que o vulgarmente se acredita, não havia uma caçada ao nativo africano, como se de caça grossa se tratasse, outrossim, o Papa deixara uma frase enigmática, relativa ao Novo Mundo: “Não existe pecado rasgado do lado de baixo do Equador” uma alusão clara à pureza dos indígenas que andavam nus, mas interpretada como uma permissão para o regime esclavagista.

Nesta época, estava implantado na Europa um sistema político de Monarquias Absolutas, despotismo e servidão, era o “Ancient Regime” que também chegaria ao fim.

F) A Independência dos Estados Unidos da América
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O Fim do colonialismo britânico sobre as treze colónias deu-se em 1776, pouco antes da Revolução francesa, lançou o ideal da Autodeterminação dos povos, no que concerne às suas escolhas políticas e organização económica, as razões da Revolução Americana, prendem-se com a Revolta do Chá, pois violava o princípio britânico de cobrar impostos sem aprovação parlamentar, contudo as colónias tinham parlamentos que não podiam interferir em normas económicas, ou seja uma imposição colonialista que impedia os colonos de importar produtos que não fossem oriundos de navios ingleses, por outro lado, havia os interesses económicos da burguesia em ascensão nas colónias, no livro ‘Cultura’, Dietrich Schwanitz afirma: “as revoluções não ocorrem quando as coisas vão mal, mas quando as populações sentem que falta pouco para ir melhor”. Segue-se assim a Guerra pela independência, a carta de George Washington e a elaboração da Constituição dos Estados Unidos da América, juntando num só país as treze colónias.
G) A Revolução Francesa e os Direitos do Homem
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O Fim da monarquia absoluta de Luís XVI e da Aristocracia que apoiava o Antigo Regime em França, foi bastante conflituoso e sangrento, algo propriamente dito “dantesco”, termo aliás referente a Georges Danton um jacobino ou republicano sanguinário, o que estava por trás da Revolução, não eram meros ideais, mas sim a FOME a penúria, a doença e a miséria e por fim a Bancarrota do país. O Rei para encontrar uma solução, convocara os Estados Gerais, uma grande assembleia que se reunia em situações muito especiais, nela participavam a nobreza ou primeiro estado, o clero ou segundo estado e a burguesia o terceiro estado.
Pululavam por toda a Paris partidos políticos surgidos na rua como os Jacobinos, os ânimos estavam ao rubro e a situação era irreversível, surgiram Robespierre, Danton e Mirabeau, que transformaram os Estados Gerais em Assembleia Nacional; armaram a população, invadiram a fortaleza da Bastilha, libertaram os presos e aboliram a Servidão; redigiram a Declaração Universal dos Direitos do Homem e enfiaram o Barrete Frígio na cabeça de Luís XVI, símbolo que viria a ser da República, acabam por depor o Rei, abolir a monarquia e criar a Democracia Representativa, o ex-Rei tenta fugir, mas é preso e executado na guilhotina.
Houve outras fases da revolução que degeneraram no Terror de Danton e mais tarde na Ditadura de Napoleão Bonaparte que reinstaurou a monarquia e fez-se Imperador.
A Revolução Francesa vem na senda da Independência dos Estados Unidos da América e na convicção de que todo o cidadão é detentor de direitos inalienáveis, bem como que os governantes são servidores da Nação e do bem comum, a Revolução fora um marco político que até hoje tem repercussões e está ligada à I Vaga ou Civilização Industrial.
H) A I Guerra Mundial e a Revolução Russa
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As rivalidades das potências europeias, nomeadamente da Inglaterra, França, Alemanha, Império Austro-húngaro e Rússia, estavam ligadas ao domínio político e económico, mas em alguns casos as inimizades eram já quase de estimação, os russos defendiam os Eslavos do Sul denominados de jugoslavos, os alemães tomavam partido dos austro-húngaros, franceses e ingleses odiavam-se, mas defendiam-se em acordos táticos. A Guerra foi declarada após o Assassinato do príncipe austro-húngaro Francisco Fernando em Sarajevo por um independentista sérvio, fora declarada a guerra por iniciativa da Alemanha, guerra essa que fora denominada de a Guerra das Trincheiras, foi pela primeira vez que se utilizaram novas armas letais, novas metralhadoras e o uso da aviação militar com bombardeamentos de gás mostarda. A guerra acaba impondo o tratado de Versalhes à Alemanha, em termos tão duros que seria impossível de cumpri-lo.
A maior consequência da I Guerra Mundial foi sem dúvida a Revolução Russa, as tropas russas retiram-se da Guerra após a deposição do Czar Nicolau II, sob a liderança de Kerensky dos mencheviques e de Lenin, Trotsky e Stalin, que faziam parte dos bolcheviques ou adeptos da “maioria” dentro do PRSD Partido Revolucionário Social Democrata, era a revolução socialista em marcha e o surgimento da União Soviética e do Regime Comunista que iria mudar o curso da História e dividir a Europa em dois blocos antagónicos.

Seguiu-se uma guerra civil patrocinada pelas potências ocidentais para impedir a expansão da revolução comunista, guerra essa que opunha o Exército Vermelho dos bolcheviques ao Exército Branco dos reacionários, os comunistas venceram, seguiram-se à morte de Lenin em 1925 os anos da estatização da economia, o culto da Personalidade a Stalin, o período negro das purgas internas dentro do Partido Comunista, que levariam à execução e morte de dezenas de milhares de opositores ao regime stalinista; eles Trotsky exilado, que acabou assassinado no México por um agente da KGB, bem como a execução em massa de milhares de opositores ao regime stalinista.
I) A II Guerra Mundial e a Restauração de Israel
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As feridas abertas da I Guerra Mundial (1914-1918) não tinham sarado, e rebentara em 1929 a grande crise económica do Crash da Bolsa de Valores em Wall Street, o mundo caíra numa profunda crise económica que trouxe lições duras para os políticos e os economistas, só com a intervenção do governo de Roosevelt foi possível criar o plano de recuperação económica para os EUA saírem da crise, mas as cicatrizes permaneceram em outros países e continentes.
O colapso financeiro da Alemanha provocado pelo tratado de Versalhes e agravado pela crise de 1929, leva ao poder o Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães - NSDAP, é instalada a ditadura e o apogeu do regime racista do Nazismo sob a liderança de um austríaco, Adolf Hitler, que rasga o tratado de Versalhes e anexa a Áustria, os sudetas na Checoslováquia e em nome da necessidade de um espaço vital invade a Polónia, pelo que é feita a declaração de guerra por parte do Reino Unido, começava a II Guerra Mundial e o Holocausto nos campos de concentração, onde entre outros foram exterminados seis milhões de judeus nas câmaras de gás, algo que só seria conhecido após o fim do conflito; A Europa ignorava que destino dar a tantos judeus sobreviventes do genocídio, ou expulsos de vários países, sem ter para onde ir e sem ter quem os aceitasse, a maioria foi para a Palestina, embora contra a vontade das autoridades britânicas.
A Guerra só acabara em 1945 com o lançamento de duas Bombas Atómicas, uma em Hiroxima e outra em Nagasaki, o mundo ficara horrorizado com o cogumelo de fogo, o Japão rendia-se e o Imperador deixava de ser um deus, teve todavia, melhor sorte que Mussolini em Itália que fora enforcado pela multidão e pendurado de cabeça para baixo.
Em 1947 a ONU, a sucessora da Liga das Nações, aprovara uma resolução para a criação de dois Estados na parte ocidental da Palestina, pois o lado oriental tornara-se independente com o nome de Transjordânia, assim, haveria uma Palestina Árabe e uma Palestina Judaica ou Israel, os palestinianos-árabes recusaram-se a aceitar a sua independência, sob orientação de outros países árabes, em 1948 os ingleses por falta de habilidade nos assuntos políticos do Médio Oriente, acabam por abandonar o território sem que o problema estivesse resolvido, assim, numa encruzilhada política sem precedentes é proclamada a independência do Estado Judaico baseado na resolução 181 da ONU sobre a Partilha da Palestina, Israel renascia como o lar de todos os judeus em 14 de maio daquele ano, sob a liderança de Ben Gurion que estendera a mão da amizade e do reconhecimento aos palestinianos árabes, na esperança de receber em troca um gesto igual, no entanto, no dia seguinte, Israel fora invadido por cinco exércitos árabes: Egito, Jordânia, Síria, Líbano e Iraque, levando a uma polarização radical do Nacionalismo árabe e do Sionismo, contudo os israelitas venceram sempre, desde então o problema de Israel e da Palestina continua a ser foco de intensos conflitos e de difíceis negociações de paz.
A razão do conflito reside numa questão cultural profunda dos povos árabes de religião muçulmana, cujos factos estão enraizados com o fim do Império Otomano, desmembrado após a sua derrota na I Guerra Mundial, parte do seu território que foi dividido pelas potencias beligerantes vencedoras no conflito armado, algo que foi sentido como uma humilhação, a divisão do território poderia ser tolerada pelos muçulmanos, mas o que viria a gerar a grande conflitualidade, foi o facto de os territórios serem governados por “infiéis”, ou seja não muçulmanos, o que prova isto, é a sangrenta guerra civil do Líbano em 1975, despoletada contra o presidente cristão.
Kissinger foi o Secretário de Estado dos EUA durante os governos de Richard Nixon e mais tarde Gerald Ford, afirmara que: “O compromisso doutrinário de jamais ceder territórios fez com que, para alguns, a coexistência com Israel deixasse de ser a aceitação de uma realidade para se tornar uma negação da fé” em Kissinger (2014).
Posteriormente, instala-se a Guerra Fria, e em 1955 realiza-se a Conferência de Bandung na Indonésia, na qual se constituiu o Grupo dos Não Alinhados composto por 29 países asiáticos e africanos, do denominado 3.º Mundo, sendo liderados pela Índia, e cuja linha política definia-se pela recusa em aliar-se tanto com os EUA como com a URSS durante a Guerra Fria.

J) O Welfare state e os 30 gloriosos

O mundo árabe, devido à insatisfação pelo problema palestiniano, instrumentalizou o petróleo para gerar uma crise económica e colocar o ocidente contra Israel, facto ocorrido em 1973, tendo a Organização dos Países Exportadores de Petróleo, num ato de solidariedade com o povo palestiniano e a OLP liderada por Yasser Arafat, decidido aumentar o valor do barril de crude a preços nunca antes vistos, era a politização do mercado de matérias-primas, cujo resultado foi uma enorme crise económica sem precedentes, a partir daí, o mundo reage e lança as bases da globalização e o combate às políticas protecionistas. Era o princípio do fim da II Vaga.

K) A OPEP e a Crise do Petróleo de 1973


O mundo árabe, devido à insatisfação pelo problema palestiniano, instrumentalizou o petróleo para gerar uma crise económica e colocar o ocidente contra Israel, facto ocorrido em 1973, tendo a Organização dos Países Exportadores de Petróleo, num ato de solidariedade com o povo palestiniano e a OLP liderada por Yasser Arafat, decidido aumentar o valor do barril de crude a preços nunca antes vistos, era a politização do mercado de matérias-primas, cujo resultado foi uma enorme crise económica sem precedentes, a partir daí, o mundo reage e lança as bases da globalização e o combate às políticas protecionistas. Era o princípio do fim da II Vaga.

L) A Globalização e a OMC
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A partir do que se chamou de Uruguai Round do GATT ou Acordo Geral de Comercio e Tarifas, viria mais tarde a ser formada a OMC, cujo objetivo era combater o protecionismo dos Estados, colocando tanto quanto possível, os produtos comercializados numa concorrência em pé de igualdade.
O Mundo organiza-se em blocos económicos, o Mercado Comum do Carvão e do Aço e o Tratado de Roma de 1957 dão lugar à CEE Comunidade Económica Europeia, ao qual adere o Reino Unido, a Irlanda e a Dinamarca em 1973. Em 2001 entra em pleno funcionamento o Euro, a moeda única europeia, bem como a livre circulação de pessoas e bens no denominado Espaço Schengen.

De lá para cá, os blocos económicos fortalecem-se e protegem-se contra medidas económicas protecionistas. Surge na América do Sul o Mercosul, associando-se o Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai; na América do Norte surge a NAFTA - Associação de Livre Comercio da América do Norte que reúne os EUA, México e Canadá. E no horizonte das potências emergentes surgem os BRICS’s, sigla com as iniciais em inglês de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
M) A Unificação Alemã e o fim da URSS


O Mundo assistia em 1989 à queda do muro de Berlim, algo provocado anos antes, em 1978, ano em que o conclave elegeu o cardeal polaco Karol Wojtyla para o papado, adotando o nome de João Paulo II e exercendo o seu pontificado focado na abertura e no diálogo, influenciando o curso da História na ‘Cortina de Ferro’, durante o seu pontificado ocorreu o Golpe de Estado do General Jaruzelski como reação ao movimento Solidarnosk de Lech Walessa na Polónia em 1980 e em 1985, inicia-se a transição de poder na União Soviética.


Na URSS, após a morte de Leonid Brejnev em 1982, de Iúri Andropov em 1984 e de Konstantin Chernenko em 1985, surgiu o reformador Mikhail Gorbatchev, que assume a liderança e dedica-se a dar inicio às reformas económicas ou “Perestroika”, e a reforma política pela transparência ou “Glasnost”, aproximando a URSS do mundo ocidental e após uma fuga maciça de alemães orientais para a Alemanha Ocidental, reúne-se com os lideres alemães e aconselha-os a deixarem cair o muro de Berlim, a História mudava de curso, Herich Honecker deixa o poder na RDA e em 1990 a Alemanha fica unificada no governo do democrata cristão Helmut Kohl, No entanto, Gorbatchev tinha os dias contados, no ano de 1991 foi derrubado num Golpe de Estado efetuado pela ala dura do PCUS, sendo cativo na Crimeia, no entanto o golpe falhou, uma vez reconduzido ao cargo, Gorbatchev é forçado a efetivar oficialmente o fim da União Soviética, surgindo então a liderança de Boris Yeltsin, a Federação Russa e a CEI - Comunidade de Estados Independentes.


O Fim da URSS faz surgir no espectro político mundial 15 novos países, a Federação Russa é a sucessora natural da União Soviética, esses recém-nascidos países, vinham acompanhados de instabilidade política e de conflitos militares, como consequência da política stalinista de deslocalização de populações de umas regiões para outras, com conflitos armados na Moldávia com a Transnístria, na Geórgia com a Abcásia e a Ossétia do Sul, bem como tumultos contra cidadãos de origem russa que viviam nessa época nas repúblicas recém-independentes; na Rússia o conflito era com a Chechénia e o Daguestão.

A implosão da antiga URSS levantou a onda de independentismo por toda a parte, em 1991 rebentava a guerra fratricida na Jugoslávia, sobretudo na Bósnia-Herzegovina onde os ódios religiosos e étnicos tiveram proporções dantescas, deixando pesadas memórias; do antigo império comunista de Tito. Surgiram sete novos países independentes, incluindo o Kosovo uma província autónoma de maioria albanesa e muçulmana que foi o Berço da Sérvia.

N) O 11 de setembro e a Nova Ordem Mundial


Com o atentado às Torres Gémeas em Nova Iorque, no fatídico 11 de setembro de 2001, lançam-se uma série de campanhas militares na Ásia Central, mais precisamente no Afeganistão contra o Regime dos Talibans, seguindo-se a terceira invasão no Iraque por um conjunto de países aliados como os EUA, Reino Unido, França, entre outros. O resultado foi o recrudescimento do terrorismo de cariz fundamentalista e uma animosidade dos povos árabes contra os “infiéis”, sendo aos ocidentais em geral e aos judeus em particular.

Um dos fenómenos recentes nos países do Magreb é a Primavera Árabe e as revoltas que depuseram os ditadores Ali da Tunísia, Mubarak do Egito, Kadhafi da Líbia e pressionaram a abertura política em outros países. Ocorreu simultaneamente o aparecimento do ISIS - Estado Islâmico da Síria e do Iraque com ataques cruéis contra as populações cristãs e muçulmanas xiitas; a Guerra Civil na Síria e no Yemen.  Na Europa, o terrorismo fundamentalista, fez ressurgir o racismo, o antissemitismo e a ascensão da extrema-direita.

As Lições políticas que a História ensina


A História ocupa-se de obter o conhecimento dos factos, analisá-los e interpreta-los para os transmitir, permitindo o aprendizado de modo a prever as consequências da ação humana no tempo e no espaço, orientando a atuação da governança face aos fins últimos da Política.
Os processos políticos e o resultado da administração do bem comum geram o conhecimento científico e o acumulo de conhecimentos pela experiencia, por exemplo, os erros das guerras Franco-Prussiana, da I e II Guerras mundiais, ou ainda com o período político entre guerras, são fontes de acumulo de conhecimento, inicialmente da História económica e social, mas em última análise da História Política.
Uma grande lição da História no campo da política, foi a experiencia do comunismo soviético, bem como as consequências que até hoje fazem-se sentir nas relações bilaterais entre os EUA e a Rússia, devido à guerra fria, aos blocos ocidentais e do Leste, entre a OTAN e o Pacto de Varsóvia, bem como da U.E. e o COMECOM, fatores que influenciaram na crise recente da Crimeia e da Guerra Civil na Ucrânia, gerando um reacendimento de adversidades políticas da Guerra Fria, que aliás neste momento já não têm o pano de fundo de ideologias políticas ou a competitividade de sistemas económicos, apenas a mera luta pela hegemonia política.
Outro aprendizado da História Política recente foi o trauma deixado pelo colonialismo moderno, a luta pela independência da India sob a liderança de Gandhi, bem como a divisão e o ódio religioso que se seguiu entre muçulmanos e hindus, algo que até hoje faz-se sentir pela adversidade na disputa da Província de Caxemira.
As guerras coloniais pela independência das colónias portuguesas, mostraram o erro político de Salazar em não ter permitido a autodeterminação dos povos de Angola, Moçambique e Guiné-Bissau, esse erro trás até aos dias de hoje consequências no desenvolvimento social dos povos da antiga África Portuguesa que caíram em guerras civis e no domínio soviético, já a Guiné-Bissau é acusada de ter-se tornado um Narco-Estado, algo que em Ciência Política é equiparado a um Estado Falhado.
Há ainda o exemplo dos regimes racistas da Rodésia, o atual Zimbabwe, e da África do Sul, no primeiro caso, ocorreu a libertação por Robert Mugabe, que, todavia, tornou-se um ditador, criando um regime persecutório e xenófobo, o qual incentiva ataques violentos contra a minoria branca.

Seguiu-se a África do Sul, isolada internacionalmente, devido ao Apartheid, que foi desmantelado sob os auspícios do último Presidente branco, Frederick Declerck e da abertura política de pacificação pela liderança de Nelson Mandela, permitindo, não apenas o fim do regime racial, mas sobretudo o caminho para a reconciliação, a convivência multiétnica e a paz em vez do ódio e do revanchismo.

A contribuição de grandes homens e mulheres
Os fenómenos políticos não são uma abstração, emanam da Práxis política e da contribuição de grandes homens e de grandes mulheres, de pensadores e pensadoras, uns que foram estadistas, outros militantes ou simplesmente atores no campo da política. Desses homens e mulheres destacam-se aqui apenas alguns desses grandes nomes, que entraram indubitavelmente para a memória universal:


LUÍS XIV, (1638-1715), Conhecido como o Rei-Sol, foi um verdadeiro déspota, foi o Rei Absoluto de França sendo o símbolo exemplar do que foi o Antigo Regime; sua célebre frase é: 
“O Estado sou Eu.”


GEORGE WASHINGTON, (1732-1799), Primeiro Presidente dos Estados Unidos da América
“A disciplina é a alma de um exército; torna grandes os pequenos contingentes, proporciona êxito aos fracos, e estima toda a gente.”



NAPOLEÃO BONAPARTE (1769-1821), nasceu na Córsega e chegou a Imperador de França,
“Nada é mais difícil, e por isso mais precioso, do que ser capaz de decidir.”
KARL MARX (1818-1883), alemão, filósofo, sociólogo e economista, juntamente com Friedrich Engels foi um dos mentores da I Internacional Socialista influenciando o pensamento político, económico e sociológico até aos dias de hoje,
Proletários de todo o Mundo, Uni-vos”.


EMMELINE PANKHURST (1858-1928), Feminista britânica, fundou em 1903 a Women’s Social and Political Union ou WSPU, foi uma sufragista, que esteve na luta dos direitos políticos das mulheres a começar pelo mais elementar, que é o direito de votar. Afirmou: “As mulheres servirão melhor a nação se se mantiverem longe das tradições e mecanismos políticos dos partidos masculinos que, é opinião geral, deixam muito a desejar.”
MAHATMA GANDHI (1869-1948), indiano, líder da campanha para a independência da India pela NVA Não-violência Ativa; Frase: “Tanto quanto eu sei, Deus não tem religião”.
ROSA LUXEMBURGO (1870-1919), Alemã, membro do Partido Social-democrata, particularmente da ala denominada de Liga Espartana, em 1918 fez uma tentativa de Golpe de Estado, sendo detida e executada em 1919. No meio das trevas, sorrio à vida, como se conhecesse a fórmula mágica que transforma o mal e a tristeza em claridade e em felicidade.”
VLADIMIR LENIN (1870-1924), Russo, Líder comunista e revolucionário dos bolcheviques, derrubou o governo moderado de Kerensky durante a Revolução Russa: Frase: “É verdade que a liberdade é preciosa, tão preciosa que deve ser racionada”.

WINSTON CHURCHILL (1870-1965), inglês, Primeiro-ministro e grande estrategista britânico, “Um apaziguador é aquele que alimenta um crocodilo na esperança de só ser devorado em último lugar.”



JOSEF STALINE (1879-1953), Líder máximo da URSS, nasceu na Ucrânia e governou os soviéticos; Sua frase: “Uma morte singular é uma tragédia, um milhão de mortos é uma estatística.”


GETÚLIO VARGAS (1882-1954), Foi Presidente do Brasil e governou em ditadura, tendo instaurado o Estado Novo, sua frase é: “O ideal é ainda a alma de todas as realizações.”



DAVID BEN GURION (1886-1973), israelita nascido na Polónia, foi o Primeiro governante de Israel e o fundador do Partido Trabalhista (Avodá). Frase célebre: “Não há contradição entre disciplina e iniciativa. São o complemento uma da outra.”



ADOLF HITLER (1889-1945), nascido austríaco, foi líder do Partido Nazista e o Führer da Alemanha, levou o mundo à II Guerra Mundial e ao Holocausto e impôs à Alemanha a uma severa derrota; Frase: “Não são os neutrais ou os indecisos que fazem a história.”


ANTÓNIO DE OLIVEIRA SALAZAR, (1889-1970), Foi Presidente do Conselho e o ditador de Portugal por 38 anos, a sua frase famosa é: “Eu sei o que quero e para onde vou”.




CHARLES DE GAULLE (1890-1970), general francês, organizou no exílio a resistência contra a invasão nazista, foi Presidente de França; Frase célebre: “Como nenhum político acredita no que diz, fica sempre surpreso ao ver que os outros acreditam nele.”
MAO TSÉ-TUNG (1893-1976), Foi um revolucionário e Líder máximo do regime comunista chinês; A sua frase célebre: “O poder político está na ponta de uma espingarda”.
GOLDA MEIR (1898-1978), nascida na Ucrânia, veio a ser Primeira-ministra de Israel lutando por um acordo de paz com o Mundo Árabe; Gurion disse que ela era o único homem do seu governo. Frase: “A Paz só será possível, quando os árabes aprenderem a ter tanto amor aos seus filhos, quanto têm ódio aos judeus”.
SALVADOR ALLENDE (1908-1973), Presidente do Chile deposto e assassinado em 1973 por Augusto Pinochet; A sua frase célebre é: “Não basta que todos sejam iguais perante a lei. É preciso que a lei seja igual perante todos”.
INDIRA GANDHI (1917-1984), Primeira-ministra indiana, do Partido do Congresso; Sua frase: “Existem dois tipos de pessoas: as que fazem o trabalho e as que recebem o crédito. Tente estar no primeiro grupo, pois é onde há menos competição.”



JOHN F. KENNEDY (1917-1963), Primeiro Presidente Católico dos EUA, Evitou a colocação de misseis atómicos em Cuba e propôs-se a retirar os EUA da guerra no Vietname, o que pode estar na origem do seu assassinado; A sua frase é: “Não devemos perguntar o que o País pode ou deve fazer por nós, mas o que nós podemos fazer pelo país”.


JOÃO GOULART (1918-1976), quando Jânio Quadros renunciou, não o deixaram assumir a Presidência, só assumiu por ter sido instituído o Parlamentarismo à pressa, uma vez reinstaurado o Presidencialismo quis fazer reformas, não teve tempo, em março de 1964 era deposto, surgia o Regime Militar, Jango, como era chamado, morreu exilado no Uruguai. Sua frase é: “Os EUA falam muito de democracia, mas deveriam permiti-la.”


NELSON MANDELA (1918-2013), Líder antirracista sul-africano, criou o Congresso Nacional Africano (CNA), foi preso por 27 anos, após o fim do Apartheid tornou-se o primeiro Presidente Negro da África do Sul. “Eu aprendi que a coragem não é a ausência de medo, mas o triunfo sobre o medo.”
EVA PERÓN (1919-1952), Primeira-dama da Argentina, casada com o Presidente Juan Domingos Perón, que a elevou devido à sua grande popularidade ao cargo de Vice-Presidente da Argentina, era apelidada pelos populares de Evita, sua frase célebre: “Roubei as joias dos oligarcas e uso-as pensando em vós, meus descamisados, quando eu morrer elas serão vossas.”

JOÃO PAULO II (1920-2005), Karol Wojtyla, cardeal polaco eleito no conclave de 1978, adotou o nome do antecessor, o Papa João Paulo I (Albino Lucciani), cujo pontificado durara apenas 33 dias, tendo morrido em circunstâncias muito duvidosas, após informar que iria promover uma purga no Banco Ambrosiano e na cúpula do Vaticano.
Wojtyla foi o primeiro papa não italiano desde o século XVI, vindo de um país comunista, o que causou apreensão nos países da Cortina de Ferro. Promoveu a abertura política no Leste da Europa, apoiou o Solidariedade e Lech Walesa na Polónia, incentivou Gorbatchev a permitir a queda do Muro de Berlim em 1989; Visitou Cuba em 2002, condenou o embargo e reuniu-se com Fidel para promover a abertura política interna. Uma de suas frases é esta: “A liberdade não é somente um direito que se reclama para si próprio: Ela é também um dever que se assume em relação aos outros.”
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SHIMON PERES (1923-2016) Presidente de Israel foi líder do Partido Trabalhista e por várias vezes Primeiro-ministro, encontrou-se com Yasser Arafat sucessivas vezes para negociações de Paz; A sua frase célebre é: “O conflito israelo-árabe terminou desde o momento que Israel aceitou o estabelecimento de um Estado palestiniano. O que existe agora é um conflito entre o terrorismo e o antiterrorismo."
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MÁRIO SOARES (1924-2017), nascido em Lisboa, liderou a oposição democrática contra a ditadura, fundou o PS no exílio, foi por duas vezes Primeiro-ministro e Presidente da República de 1986 a 1996; Sua frase é: “A crise é um facto dinâmico e populista em toda a Europa. A solidariedade europeia, elemento fundamental da União, desapareceu. Os partidos políticos que construíram a Europa foram os socialistas e os democratas-cristãos. Hoje só há populistas. O populismo venceu, destruindo os Estados em favor dos mercados.”


MARGARET THATCHER (1925-2013), Foi Primeira-ministra britânica pelo Partido Conservador, denominada de a Dama de Ferro, não hesitou em fazer a Guerra das Malvinas, lutou contra os sindicatos dos mineiros e deixou morrer à fome um preso político do IRA, Bobby Sands; a sua frase: “Um líder é alguém que sabe o que quer alcançar e consegue comunicá-lo.”


FIDEL CASTRO (1926-2016), Líder revolucionário cubano, derrubou o ditador Fulgêncio Batista. “Eu digo que se alguém não faz, o tempo todo, tudo aquilo que pode e até mais do que pode, é exatamente como se não fizesse absolutamente nada.”
ERNESTO CHE GUEVARA (1928-1967), Revolucionário argentino, lutou em Cuba ao lado de Fidel Castro, derrubando a ditadura de Fulgêncio Baptista, Che foi para a Bolívia organizar uma guerrilha, no entanto, acabou morto pelo exército boliviano com o apoio da CIA, tornando-se um mártir e a sua imagem um ícone para a juventude que lhe prestava culto; Uma das suas frases mais marcantes foi: “Criar um, dois, três, enfim muitos Vietnames, esta é a palavra de ordem”.

MARTIN LUTHER KING (1929-1968), estadunidense e pacifista, foi assassinado e tornou-se o mártir da luta antirracista; sua frase: “A liberdade nunca é voluntariamente concedida pelo opressor; deve ser exigida pelo oprimido”.




MIKHAIL GORBATCHEV (1931), Foi o líder soviético que deu inicio à abertura política, económica e social, permitindo uma aproximação ao ocidente e um novo olhar sobre a URSS, escreveu dois livros importantes para o processo de abertura, ‘Glasnost’ a transparência e a ‘Perestroika’ reestruturação, afirmou que era fundamental mudar a nomenclatura para abrir o regime e modernizar a sociedade, a sua política levou a que os radicais o depusessem em dezembro de 1991 na Ucrânia, onde ficou refém, Bóris Ieltsin com mão firme fez o contra golpe, restituindo Gorbatchev ao cargo, para então pôr termo à URSS, a sua frase célebre é: “A Perestroika é a minha escolha, a minha vida e o meu destino”.


JUAN MANUEL SANTOS (1951), Presidente da Colômbia, recebeu o Prémio Nobel da Paz de 2016 devido aos acordos de paz encetados com as FARC. Sua frase ao receber o prémio: “A vitória final pelas armas não é nada mais que a derrota do espírito humano. O primeiro passo crucial, foi deixar de ver os guerrilheiros como inimigos, para considerá-los simplesmente como adversários”.

BARACK OBAMA (1961); tornou-se no primeiro Presidente Negro dos Estados Unidos da América pelo Partido Democrata, promoveu grandes reformas sociais como o Obama Care, no entanto posta em causa no governo republicano de Donald Trump. As frases célebres de Obama são: “Yes, we can!’ e a frase: “Não há uma América liberal e uma América conservadora. Não há uma América Negra, uma América Branca, uma América de latinos e América de asiáticos. Há os Estados Unidos da América!"

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