segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Jorge Sampaio (1939-2021) - Um "Homem Bom"

Esta segunda-feira dia 13 de setembro, terminou o terceiro e último dia de Luto Nacional em Portugal, pelo falecimento aos 81 anos do antigo Presidente Jorge Sampaio, o “Homem Bom” o homem dos afetos, para quem “nenhum português é dispensável”. Foi um líder sereno e um
Estadista exemplar, um socialista convicto e acima de tudo um humanista nato. Foi aliás durante a sua Presidência (1996-2006) que juntamente com o então Primeiro Ministro António Guterres, o país viveu um período de maior e melhor Justiça Social, ou seja de 1996 até 2002.

É raro para a maioria dos cidadãos, nomeadamente as gerações mais novas, ouvir-se falar de um “Político Bom”, até mesmo de um político que é “um homem bom”, tal é a imagem que a classe política deixou na opinião publica. Não que todos sejam maus, longe disso. Mas só em funerais de Grandes e Ilustres portugueses, fala-se de Políticos bons.

A esmagadora maioria dos políticos, não são tidos como bons, mesmo não sendo más pessoas, são os “mornos”, seja por excesso de vaidade, seja por mero oportunismo ou ainda clientelismo e outros ismos, a maioria dos que não são bons, sem serem maus, são os chamados “mornos” ou “assim-assim” para não os chamarmos de incompetentes.

Mas foram os maus, (que se crê para nosso alívio que são em menor número, sem serem raros) os que deixaram maculada e mal vista a classe política, seja nomeadamente pela incúria de uns, pelo descaso de outros ou pelas notícias de corrupção que desde sempre houve, mesmo quando ainda nem jornais haviam.

Resta-nos ter esperança para que o legado de um HOMEM BOM, prevaleça e influencie o aparecimento de mais HOMENS e MULHERES de grande verticalidade, bons políticos e boas políticas, para que a classe política passe a seguir o exemplo dos grandes estadistas, que nos orgulham e construíram a nossa História, líderes que são os nossos "Egrégios avós" que ficaram esquecidos e tal como no 'Fado de Coimbra' só são lembramos na hora da despedida.

Para o bem da democracia, que imperem os Homens Bons em todos os quadrantes, da Esquerda à Direita, que sejam inclusivos pelo humanismo e exclusivos na Práxis profissional, zelando pelo serviço aos cidadãos em primeiro, e pelos interesses do país sempre!

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

2 comentários:

  1. Sr. Felipe de Freitas Leal, eu como estrangeira e nada dada à política, devido à grande desordem política no meu país, Brasil, e que assim como grande parte dos meus compatriotas,já há muito, não tenho esperança de ler um artigo tão positivo e carismático sobre um político! Que belo é o seu texto sobre o excelentíssimo sr.Jorge Sampaio e como é gratificante saber que, sim, existiu grandes e bons políticos! Seu texto, muito bem escrito, fez me acreditar, que assim como ele, haverão ainda alguns "homens bons"que trará nos o gosto pela política, a coragem de acreditar novamente e a esperança de
    que ainda poderá haver justiça social neste mundo!
    Parabéns pelo seu texto!

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  2. Muito obrigado cara Simone Pena, fico lisonjeado pelo que escreveu, de facto há bons políticos ainda, e o texto foi escrito tal como vejo e sinto, tal como se ouve no queixume do povo. Dias melhores virão sem dúvida e já estão na frente por uma nova militância política grandes homens e grandes mulheres para o exercício de uma política tal como deve ser.

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